Balurcos – Furnazinhas (14,3 km)
Ficha Técnica
Ponto de partida: No cruzamento junto à estrada N122, em Balurcos de Baixo, junto ao painel informativo da Via Algarviana
Coordenadas GPS do ponto de partida: 37º25´31.65´´N 7º30´27.25´´O
Extensão: 14,3 km
Grau de dificuldade (Sentido recomendado): II – Fácil
Duração (aproximada): 4 h
Altitude Mínima: 22 m
Altitude Máxima: 222 m
Subida acumulada: 330 m
Descida acumulada: 349 m
Disponibilidade de água: Sim
Mercearias locais: Sim
Época Aconselhada: setembro a maio, embora a primavera seja a época mais aconselhada, pela sua beleza florística e pelas condições climatéricas. Em épocas de muita chuva deverá tentar saber junto da população local qual o estado do caudal da Ribeira da Foupana.
Cartografia: Traçado do percurso nas Cartas Militares de Portugal nº 575 e 583 proveniente do Instituto Geográfico do exército, com escala de 1:25000.
Atenção: Depois da Ribeira da Foupana, ao lado do caminho existem colmeias, tenha cuidado!
Descrição do Itinerário
O 2º sector da Via Algarviana inicia-se em Balurcos, pequena aldeia do Concelho de Alcoutim. Do centro desta povoação, o itinerário conduz o caminhante para Sul, por caminhos rurais, muito deles ladeados por muros, que delimitam as pequenas propriedades onde ainda se mantém activa alguma agricultura de subsistência. O percurso decorre numa região inicialmente pouco acidentada, mas que em breve começa a revelar os traços típicos da serra algarvia, com os seus numerosos barrancos e linhas de água. Após a passagem junto do IC127, a paisagem começa pontualmente a salientar a presença da Ribeira da Foupana, o principal curso de água desta região e um dos mais bem preservados em todo o Algarve. A passagem por Palmeira revela, novamente, a arquitectura tradicional do mundo rural, com destaque para a presença dos típicos fornos de lenha, das casas pintadas com cal e das hortas ladeadas por valados. A paisagem é alternada entre áreas florestais e densos estevais e, em breve, a Via Algarviana atinge a Foupana, junto ao antigo moinho de água “Moinho da Rocha do Corvo”. Apesar da sua incontestável importância no passado, hoje não é mais do que um conjunto de ruínas.
A passagem pela ribeira é uma aventura saudável e uma boa oportunidade de descanso, no entanto é necessário ter atenção ao seu caudal antes de a atravessar para a outra margem, em altura de chuvas intensas pode tornar-se intransponível. Após esta travessia, o percurso entra num bosque de azinho, com maior densidade de coberto arbustivo, chegando depois a Corte Velha, outro povoado serrano. Aqui, a agricultura e a pastorícia ainda são as actividades dominantes, traduzindo-se numa paisagem com vestígios da cultura de cereais e pastagens. Vários moinhos de vento surgem no horizonte, hoje todos eles abandonados e em ruínas.
O percurso atinge um depósito de água no topo de uma colina, desce por uma rampa empedrada e entra na Rua do Fontanário até à EN505, o principal acesso de Furnazinhas. Este é o centro deste belo monte serrano, terminando aqui o segundo sector da Via Algarviana.